Rota Romântica da Alemanha

Eu sempre quis conhecer a Alemanha, mas este desejo aumentou ainda mais há uns 2 anos atrás, quando recebi uma revista de viagem, com um especial sobre a Rota Romântica na Alemanha. Lendo a reportagem e vendo aquelas fotos lindas das cidadezinhas fofas que compõem a rota, minha vontade só fez aumentar e logo incluí o país na minha Wish List de lugares a conhecer antes de morrer rs. 

A bela Wurzburg, primeira cidade da rota 

No mês passado este wish virou realidade e foi o primeiro destino  em nossa viagem de 3 semanas pelo Leste Europeu. Mas então, o que é mesmo esta tal de Rota Romântica? 

A rota romântica surgiu em 1950 na tentativa de chamar a atenção para o turismo no país. O governo queria mostrar que o país não era só guerra. A tentativa deu tão certo que hoje, a Rota Romântica é um dos destinos turísticos mais procurados no país.

A rota toda tem cerca de deliciosos 350 km, começando na cidade de Wurzburg e terminando em Fussen, já quase na divisa com a Áustria. Em todo o percurso avistamos belas paisagens e cenários bucólicos, dignos de um conto de fadas. Estradinhas estreitas, vinhedos nas montanhas, vilarejos pitorescos, rios, montanhas e vales, numa bela paisagem que fica ainda mais deslumbrante quando avistamos os Alpes, nos 50 km finais da rota, já quase chegando em Fussen. 

A rota compreende 27 belas cidadezinhas, mas as que realmente valem a pena são Wurzburg, Bad Mergentheim, Weickersheim, Rothenburg ob der Tauber (imperdível, é a TOP!), Dinkelsbuhl, Donauworth, Landsberg am Lech e Fussen, com o imponente e belíssimo castelo de Neuchwastein.

 

Apesar de terem ônibus e até trens que ligam as muitas cidadezinhas, este é um passeio que deve ser feito de carro, pois só este meio de transporte lhe dará total liberdade para parar onde quiser, fazer o que quiser, sem horário pra comer e sem ninguém pra controlar as fotos que você tira. 

Nosso Kuguinha deixou saudades...

Nós alugamos o carro já do Brasil, no site da Rentalcars.com. Chegamos no aeroporto de Frankfurt e fomos direto pra Avis (aliás, fiquei impressionada com a organização do aeroporto de Frankfurt, principalmente da área destinada às locadoras! Show!). Não tinha reservado GPS e pedi um na hora. O rapaz me ofereceu um up grade de carro já com GPS, pagando a mais o mesmo que pagaríamos se tivéssemos alugado só GPS. Depois conto se GPS vale ou não a pena! Bem, do aeroporto já saímos de cara na A7, auto-estrada que liga Frankfurt a Wurzburg, onde tínhamos hotel reservado para aquela noite.

Fizemos a rota em 2 dias completos, mas é claro que não paramos em todas as 27 cidadezinhas e, no comecinho da viagem, o GPS nos jogava para as estradas principais. Tínhamos que apelar pro mapa de papel pra achar o caminho de volta. Com exceção da primeira noite, que já tínhamos hotel reservado em Wurzburg, já que chegaríamos bem tarde, não reservamos hotel para os demais dias e parávamos na cidade que estivéssemos por volta das 18:00 para dar tempo de procurar um lugar com calma, sem estresse e com tempo pra comer algo com tranquilidade. No site da rota tem uma lista de todos os hotéis e suas respectivas faixas de preço, para quem se interessar. Em resumo, a organização geral ficou assim: 

Dia 0 (dia da chegada): Frankfurt a Wurzburg (124 km), onde pernoitamos no City Hotel Meesenburg (Pleichertorstrabe, 8), reservado pelo Booking.com.

Dia 01: Wurzburg até Dinkelsbuhl, onde pernoitamos ( +/- 150 km). Hotel-Restaurante Frankisher Hof (Nordlinger Strabe, 10), melhor custo benefício que encontramos na cidade. Esta não é uma das cidades mais baratas da rota para se hospedar.

Centro medieval de Dinkelsbuhl, um dos mais bem preservados da Alemanha

Dia 02: Dinkelsbuhl até Fussen (+/- 200 km), onde pernoitamos  no Haus Gabriel B&B (Bahnhofstrabe  8 1/2, bem perto da estação central, no centro de tudo). Um dos mais em conta em Fussen se considerarmos a localização central. Quartos ótimos, com excelente café da manhã e free wifi. Recomendo!

Castelo de Neuchwanstein, principal atração de Fussen

Dia 03: Seguimos pra Garmish-Partenkirchen e depois, para Innsbruck, na Áustria, que são cidades que não têm nada a ver com a Rota, mas é só pra vocês acompanharem para onde seguimos viagem. 

Mas afinal, GPS vale a pena?

Não achei a rota romântica tão bem sinalizada, mas creio que isto foi culpa do GPS. É que algumas vezes, o GPS mais confundiu do que ajudou, pois ele sempre tentava nos jogar para as estradas principais, fazendo com que saíssemos, algumas vezes, da Rota e, quando nos dávamos conta, tínhamos uma certa dificuldade de achar o fio da meada novamente. O GPS foi mais útil para acharmos o ponto exato do centro das cidadezinhas e depois, já bem no final da viagem, na cidades de Innsbruck e também quando fomos entregar o carro em Munique. Creio que o bom e velho mapa ainda é mais funcional neste tipo de estrada.

Nos próximos posts eu contarei as aventuras nestas terras germânicas tão encantadoras...